30 maio 2015

Escultura Italiana: Gian Lorenzo Bernini



Começou a sua vida artística com o pai, Pietro Bernini, um escultor de talento de Florença que foi trabalhar para Roma. O trabalho do jovem foi notado pelo pintor Annibale Carracci, começando desde logo a trabalhar para o papa Paulo V, o que lhe facilitou a sua independência. Influenciado pela escultura Grega e Romana em mármore, que conheceu nas colecções do Vaticano, também conhecia bem a pintura renascentista de princípios do séc. XVI. De facto, o conhecimento da obra de Miguel Ângelo nota-se no seu São Sebastião, de 1617, realizado para o cardeal Barberini, o futuro papa Urbano VIII, que se tornou o patrono mais importante de Bernini.

Mas o seu primeiro patrono foi o cardeal Borghese. Foi para ele que Bernini esculpiu os seus primeiros grupos escultóricos como o Eneias, Anquises e Ascânio fugindo de Tróia, de 1619, Plutão e Proserpina, de 1622 e o David, de 1624. Com estas obras, realizadas em tamanho real, conjugadas com os bustos executados também neste primeiro período da sua actividade, Bernini cortou com a tradição de Miguel Ângelo, criando um novo período na história da escultura da Europa ocidental.

Com a eleição de Urbano VIII, Bernini passou a trabalhar muito intensamente, passando também a trabalhar em pintura e a fazer arquitectura a pedido do papa. O seu primeiro trabalho arquitectónico foi a remodelação da Igreja de Santa Bibiana em Roma. Ao mesmo tempo, Bernini foi encarregado de construir uma estrutura simbólica sobre o túmulo de São Pedro na Basílica de S. Pedro em Roma. O resultado foi o enorme e famosíssimo Baldaquino dourado construído entre 1624 e 1633. O baldaquim, uma fusão completamente original e sem precedentes entre escultura e arquitectura, é considerado o primeiro monumento verdadeiramente barroco, tendo-se tornado o centro da decoração projectada por Bernini para o interior da Basílica de S. Pedro. O seu trabalho seguinte foi a decoração dos quatro pilares que sustentam a cúpula da basílica, com quatro estátuas colossais, sendo que só uma delas foi desenhada por ele. Ao mesmo tempo realizou vários bustos, alguns de Urbano VIII, sendo o melhor da série o do seu primeiro patrono, o do cardeal Borgheses, de 1632. 

As obrigações arquitectónicas de Bernini aumentaram quando Carlo Maderno morreu em 1629, tendo o escultor passado a acumular não só as funções de arquitecto de São Pedro como as do Palácio Barberini. As obrigações eram tantas que teve recorrer a assistência de outros artistas, tendo sido bastante bem sucedido na organização do seu estúdio, tendo conseguido manter a consistência do seu trabalho, tanto na escultura como nas ornamentações. O seu trabalho estava de acordo com as conclusões do Concílio de Trento, realizado entre 1545 e 1563, que tinham afirmado que a função da arte religiosa era ensinar e inspirar os fiéis, assim como servir de propaganda da doutrina da Igreja Católica Romana, defendendo que a arte religiosa devia ser inteligível e realista, e acima de tudo servir como estimulo emocional à religiosidade. Bernini tentou sempre conformar a sua arte a estes princípios.

Assim o artista começou a produzir vários tipos inovadores de monumentos - não só túmulos como também fontes. O túmulo de Urbano VIII, realizado de 1628 a 1647, é um dos melhores exemplos desta nova arte funerária, assim como a fonte de Tritão, na Praça Barberini (1642-1643), o é para estas obras. Mas o trabalho de Bernini nem sempre foi bem sucedido, e quando em 1646 as torres sineiras, que tinha erguido na fachada de S. Pedro criaram fissuras no edifício, tendo que ser retiradas, o artista caiu temporariamente em desgraça.

As obras mais espectaculares de Bernini foram realizadas entre os anos 40 e os anos 60 do século XVII. É a Fonte dos Quatro Rios na Piazza Navona de Roma, realizada entre 1648 e 1651; o Êxtase de Santa Teresa (1645-1652), que mais do que uma escultura é uma cena realizada por meio da escultura, da pintura e da iluminação.

A preocupação de Bernini em controlar o ambiente em que as suas estátuas se encontravam, levou-o a concentrar-se cada vez mais na arquitectura. A sua igreja mais impressionante é a de Santo André no Quirinal, edificada entre 1658-1670, em Roma. Mas a sua realização mais impressionante em arquitectura é a Colonata que rodeia a Praça de S. Pedro.

Em 1657 começou o Trono de São Pedro, ou Cathedra Petri, uma cobertura em bronze dourado do trono em madeira do papa, que foi terminada em 1666, ao mesmo tempo que realizava a colonata. Continuando os seus retratos em bustos de mármore, esculpiu em 1650 um de Francisco I d'Este, duque de Modena. 

Em 1665 viajou para Paris, aceitando finalmente um dos muitos convites de Luís XIV. Tendo ofendido os seus hóspedes, ao elogiar a arquitectura italiana em comparação com a francesa, os seus planos de remodelação do Louvre acabaram por não ser aceites, tendo realizado unicamente um busto de Luís XIV.

As últimas esculturas de Bernini, as realizadas para a Capela Chigi na Igreja de Santa Maria del Popolo, em Roma, e os Anjos que deveriam estar na ponte de Sant'Angelo, continuaram a tendência das figuras que decoram o Trono de S. Pedro: corpos alongados, gestos expressivos, expressões mais simples mas mais emocionadas.

O último grande trabalho de Bernini foi a simples Capela Altieri na Igreja de São Francisco a Ripa, de 1674, em que a arquitectura, a escultura e a pintura têm cada uma objectivos separados e bem claros, numa solução mais tradicional do que a da Capela Cornaro.

Bernini morreu aos 81 anos, tendo servido oito papas, e sendo considerado pelos seus contemporâneos, não só o maior artista europeu, como uma dos suas mais importantes personalidades. Foi o último dos gênios de valor universal nascidos em Itália, e ajudou a criar o último estilo italiano a tornar-se uma norma internacional.

A sua morte marca o fim da hegemonia italiana na arte da Europa.


Esculturas de Bernini


































29 maio 2015

Artistas de Minas: Mestre Ataíde



por Wikipédia

Manuel da Costa Ataíde,1 mais conhecido como Mestre Ataíde, (Mariana, batizado em 18 de outubro de 1762 – Mariana, 2 de fevereiro de 1830), foi um militar e celebrado pintor e decorador brasileiro.

Foi um importante artista do Barroco-Rococó mineiro e teve uma grande influência sobre os pintores da sua região através de numerosos alunos e seguidores, os quais, até a metade do século XIX, continuaram a fazer uso de seu método de composição, particularmente em trabalhos de perspectiva no teto de igrejas. Documentos da época fazem frequentemente referências a ele como professor de pintura.

Pouco se sabe sobre sua vida e formação artística e nem todas as suas criações estão documentadas, mas deixou obra considerável, espalhada em várias cidades mineiras. Uma das características da sua expressão era o emprego de cores vivas em inusitadas combinações, que têm sido associadas à exuberante natureza do país; no seu desenho, os anjos, as madonas e os santos apresentam às vezes traços mestiços; por isso é tido como um dos precursores de uma arte genuinamente brasileira. Foi contemporâneo e parceiro de trabalho de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, cujas estátuas encarnou. Hoje Mestre Ataíde é considerado um dos maiores nomes e um divisor de águas na história da pintura brasileira, e o maior representante da pintura do Brasil colonial.








Personalidade

Sabe-se pouco sobre sua vida privada. É clara sua preocupação com o bem-estar de sua família, provendo-lhe o necessário para o sustento, é generoso com os escravos e aprendizes.12 Aparentemente era um fiel devoto da Igreja Católica, tendo ingressado em dez irmandades religiosas, e vários documentos atestam sua frequência aos serviços religiosos junto com a família e seus escravos. A despeito disso, nas irmandades que eram ordens terceiras, nunca foi admitido como irmão professo, já que era "indigno", como ele mesmo declarou; seu estado de "concubinato renitente" o impedia.13 Não obstante, explicava publicamente seu concubinato e os filhos naturais que tivera, situação comum mas irregular, como "uma fragilidade humana".

Sua carreira militar até onde se sabe parece ter sido mais honorária do que efetiva, e mesmo se não, as artes parecem ter levado uma vantagem natural, pois foi descrito como sendo um "homem calmo, fino, rico de dotes e prestígios", que Fritz Teixeira de Salles chama de "diplomata ameno". No seu espólio foram arrolados vários bens, que podem ajudar a dar-nos uma ideia de seus hábitos e gostos pessoais, entre eles um pianoforte, uma rabeca, uma violeta, um fagote, uma caixa de tabaco, espada, espingardas e pistolas, um relógio com corrente dourada, um par de fivelas de calção de pedras de topázio cravadas em prata dourada, calção de cetim riscado e colete de lã, chapéu, bengala de junco com cabo de prata, uma chácara, uma casa na Rua Nova, vários utensílios domiciliares como colheres de prata, louças, cadeiras, poltronas, armários, espelhos, bandeja, candeeiro, uma bíblia ilustrada, um dicionário de francês, o tratado Segredo das Artes, uma luneta, um oratório dourado com cinco imagens. Seu gosto pela música parece evidente, a partir da posse de vários instrumentos e da frequente representação de figuras de músicos em suas pinturas, às vezes pintando orquestras inteiras com uma correta descrição dos instrumentos.






Estilo e temas


Assunção de Nossa Senhora, sua obra mais afamada (ver nota 30 ), no teto da igreja de São Francisco de Assis, Ouro Preto.

O estilo de Ataíde está perfeitamente alinhado com as grandes tendências da Europa, de onde vinham todas as referências visuais e conceituais da arte colonial brasileira. Como se disse antes, essas tendências se aglutinavam no que se convencionou chamar de estilo Barroco, na verdade um feixe de tendências muito diversificadas. De qualquer forma, Ataíde se encaixa na definição mais usual do Barroco: um estilo que prima pelo luxo ostensivo na escolha dos materiais, pela opulência das cores, preferindo os fortes contrastes; pelo dinamismo no desenho e na composição; pelo amor à glória, ao exagero, à retórica e ao drama, e pelo utilitarismo, usualmente com uma ou mais finalidades simbólicas e instrutivas embutidas na sua rica visualidade.

Ataíde é usualmente mais lembrado pela pintura de tetos de várias igrejas e capelas pela região mineira; neles pintou Cristo e sua Mãe, os santos e mártires, cenas bíblicas e epifanias gloriosas, e para ambientá-los, criou complexas arquiteturas ilusionísticas e molduras decorativas cheias de guirlandas, rocalhas e coros de anjos, com a graça flamboyant típica do mais puro Rococó. Mas também deixou obras de cavalete e painéis menores, de qualidade mais intimista, às vezes até mais tocantes e próximos da gravidade do Barroco, e não menos valiosos do que seus grandes tetos.4 25

Há, porém, dilemas ainda mal resolvidos na caracterização do seu estilo. Na grande escala, os críticos ainda não chegaram a um consenso se o Barroco e o Rococó são estilos distintos ou se este último é apenas a fase final do primeiro. Já se discutiu tanto que a questão parece destinada a ficar para sempre irresolvida, e assim, no caso particular de Ataíde, ele é descrito ora como um barroco, ora como um rococó. Disse Adalgisa Campos, sintetizando o problema, que os aspectos formais das obras de Ataíde revelam "a inspiração do artista em seu meio – salientando uma coloração tropical vibrante e figuras humanas mestiças – expressando através da forma rococó uma espiritualidade barroca".

 Complementando a ideia, Carla Oliveira, ao analisar a obra mais conhecida de Ataíde, a Assunção de Nossa Senhora na Igreja de São Francisco de Ouro Preto, afirmou que "ali naquele forro abobadado está cristalizado não só o amálgama entre ambos os estilos mas, de forma mais contundente, também transparece visualmente o hibridismo do discurso visual construído durante o século XVIII na Capitania das Minas".36 Mas essas incertezas tampouco importam para a valorização de Ataíde como artista, pois é consenso que seu talento era superlativo, independentemente da escola à qual quisermos atribuí-lo. Nas palavras de Lélia Coelho Frota, "como a de todo artista de boa envergadura, a obra de Ataíde, em última análise, não se deixa prender a rótulos de escola ou de períodos. Transcende-os, é contemporânea de si mesma".

Outra peculiaridade é o atraso cronológico com que as artes brasileiras recebiam as últimas novidades estéticas europeias. Quando Ataíde iniciou a parte mais importante de sua carreira, só no início do século XIX, tanto Barroco como Rococó já eram formulações obsoletas na Europa, onde então reinavam o Neoclassicismo e o Romantismo. Entretanto, o pintor brasileiro permanecerá fiel àqueles cânones anteriores. No Brasil eram linguagens ainda com todo o poder de fogo, se comunicavam com plenitude com seu público e dele recebiam, como os documentos provam, ótima acolhida. Logo isso começaria a mudar, ao chegarem os primeiros neoclássicos no Rio de Janeiro e Nordeste. Em Minas a mudança só aconteceu mais tarde, depois da morte de Ataíde, cujo vulto dominou a pintura regional por trinta anos. Mais do que isso, ele encerra toda uma era na pintura brasileira, sendo o último grande representante, e o maior deles, de um brilhante ciclo cultural que durara mais de duzentos anos.


Obras


























Leia também 












28 maio 2015

Aniversário de Morrissey, o Vegetariano Incansável

Por Paula Moizes




Paul McCartney, Jay-Z, Travis Barker, Anthony Kiedis, Moby, Alison Mosshart,… A lista de artistas gringos vegetarianos só tende a crescer. Mas nenhum deles trava uma batalha tão forte contra o consumo de carne animal comoMorrissey. No aniversário de 56 anos do ex-líder dos Smiths, relembramos alguns de seus atos mais marcantes pelos direitos dos animais.








“Me tornei vegetariano quando tinha cerca de 11 ou 12 anos de idade. Minha mãe era vegetariana desde que eu me conheço por gente. Nós éramos muito pobres e eu pensava que carne era uma boa fonte de nutrição. Então eu aprendi a verdade”, contou Morrissey em entrevista à ONG PETA, de proteção aos animais, em 1985. Neste ano, o Smiths havia acabado de lançar o polêmico disco Meat Is Murder. Segundo o compositor, o álbum foi bem recebido no Reino Unido, mesmo que a faixa-título nunca tenha sido tocada nas rádios locais.

Os Smiths acabaram em 1987, mas não a luta de Morrissey. Não há informações precisas de que ele tenha passado de vegetariano para vegano (não come nenhum produto de origem animal), mas a verdade é que Morrissey D-E-T-E-S-T-A tudo relacionado à carne animal. 

“Comer carne é a coisa mais nojenta que eu posso pensar. É como morder a sua avó”, disse à PETA. Em 2009, Morrissey deixou o palco do Coachella dizendo que “o cheiro dos animais queimando está me deixando doente. Eu posso sentir cheiro de carne queimada… e espero que seja carne humana”.






Em seu último disco, World Peace is None of Your Business (2014), a faixa “The Bullfighter Dies” trata sobre a crueldade das touradas. Dos touros brutalmente feridos na Espanha à caça de focas no Canadá, Morrissey está sempre atualizado do que está acontecendo no mundo. E até no Brasil. Em seu blog pessoal, True To You, ele publicou recentemente este vídeo emocionante de uma criança brasileira que não aceitou comer o polvo servido em seu prato:

Depois de uma carta aberta ao ex-vice presidente dos Estados Unidos, e vegetariano também, Al Gore, pedindo para que fosse servido um menu vegetariano no evento Live Earth – shows e palestras em prol da conscientização ambiental -, Morrissey acabou conseguindo que o menu do seu show no dia 27 de junho, no clássico Madison Square Garden de Nova Iorque, seja sem carne.

Por falar em show, Morrissey deve se apresentar no Brasil neste ano. Segundo o jornalista José Norberto Flesch, ele já fechou contrato para voltar ao país. Será que vai ter menu vegetariano também?

Leia também 













16 maio 2015

Morre B.B. King


por UOL

Riley Ben King, mais conhecido como B.B. King, morreu aos 89 anos, na noite desta quinta-feira (14), em sua casa em Las Vegas, nos Estados Unidos. A informação foi confirmada à revista "Variety" pelo advogado do músico.

King era conhecido como o "Rei do Blues" e foi responsável por definir o som eletrificado do gênero no pós-guerra. Ele também se tornou o nome mais conhecido do blues mundialmente e o responsável por levar o estilo das áreas rurais dos Estados Unidos para a indústria musical mundial.

"Ser um cantor de blues é como ser negro duas vezes", escreveu King em sua autobiografia, "Blues All Around Me", sobre a falta de respeito ao estilo musical em comparação ao rock e jazz. "Enquanto o movimento de direitos civis lutava pelo respeito ao povo negro, eu sentia que estava lutando pelo respeito ao blues", acrescentou.

O guitarrista era membro do Hall da Fama do Rock and Roll e do Hall da Fama do Blues e foi considerado um dos maiores guitarristas de todos os tempos (em 2003 foi classificado como o número três de todos os tempos pela revista "Rolling Stone", atrás apenas de Jimi Hendrix e Duane Allman).

Com mais de 50 álbuns, milhões de discos vendidos em todo o mundo e 15 prêmios Grammy, o músico ficou conhecido por sucessos como "Three O'Clock Blues", dos anos 1950, "The Thrill Is Gone", de 1970, "When Love Comes to Town", que gravou em 1989 com os irlandeses do U2. Além disso, influenciou muitos guitarristas, incluindo Eric Clapton.

Doença

King esteve hospitalizado no início do mês por desidratação e complicações de sua diabetes tipo dois. Ele estava com uma turnê marcada para 2014, mas teve que desmarcar os shows por causa da doença. Durante uma apresentação em Chicago em outubro, o músico passou mal no palco devido a desidratação e esgotamento. Ainda faltavam oito apresentações para terminar a temporada. 

O astro passou vários dias internado no início de abril em virtude de uma desidratação causada pela diabetes. No dia 30, o guitarrista chegou a novamente dar entrada em um hospital em Las Vegas por conta de um pequeno ataque cardíaco. No dia seguinte, ele deixou o centro médico e seguiu com o tratamento em casa. "Estou com cuidados médicos em minha residência em Las Vegas. Obrigado a todos vocês pela torcida e orações", declarou em seu site recentemente.





E pra quem não sabe é o que é boa música, aproveite essa oportunidade! 







13 maio 2015

Cândido Portinari - Vida e Obra




Cândido Portinari nasceu em 30 de dezembro de 1903, numa fazenda de café, em Brodósqui, interior do Estado de São Paulo. Filho de imigrantes italianos e de origem humilde, desde pequeno já manifesta sua vocação artística. 

Em 1919, decidido a tornar-se pintor vai para o Rio de Janeiro onde se matricula como aluno livre na Escola Nacional de Belas Artes. 

Em 1928 recebe o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro, da exposição Geral de Belas Artes, com o “Retrato do Poeta Olegário Mariano”.

Em maio de 1929 faz sua primeira exposição individual, com 25 retratos, no Palace Hotel do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano vai para Paris, onde permanece até 1930. Lá conhece Maria Victoria Martinelli, sua companheira de toda a vida. Retorna ao Brasil em 1931.

Em 1935 obtém seu primeiro reconhecimento no exterior, a segunda Menção Honrosa no Carnegie de Pittsburgh, Estados Unidos, com a tela “Café”, que retrata uma cena de colheita típica de sua região de origem.

Aos poucos, sua inclinação muralista revela-se nos painéis executados para o Monumento Rodoviário, na Via Presidente Dutra, em 1936 e nos afrescos do recém construído edifício do Ministério da Educação e Saúde, no Rio de Janeiro, realizados entre 1936 e 1944. Em 1939 executa três grandes painéis para o Pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova York e o Museu de Arte Moderna de Nova York adquire sua tela “Morro do Rio”. Neste mesmo ano nasce João Cândido, único filho de Portinari e Maria.

Em 1940, participa de uma mostra de arte latino-americana no Riverside Museum de Nova York e expõe individualmente no Instituto de Artes de Detroit e no Museu de Arte Moderna de Nova York, com grande sucesso de crítica, venda e público.

Em 1946, Portinari volta a Paris para realizar, na Galeria Charpentier, a primeira exposição em solo europeu. Foi grande a repercussão, tendo sido agraciado, pelo governo francês, com a Legião de Honra.

Em 1952, atendendo à encomenda do Banco da Bahia, realiza outro painel com temática histórica: A Chegada da Família Real Portuguesa à Bahia, e inicia os estudos para os painéis Guerra e Paz, oferecidos pelo governo brasileiro à nova sede da Organização das Nações Unidas. Concluídos em 1956, os painéis, medindo cerca de 14 x 10m cada, os maiores pintados por Portinari, encontram-se no hall de entrada dos delegados do edifício-sede da ONU, em Nova York..

Em 1954, Portinari realiza, para o Banco Português do Brasil, o painel Descobrimento do Brasil. Neste mesmo ano, tem os primeiros sintomas de intoxicação das tintas, que lhe será fatal. Em 1955 recebe a Medalha de Ouro, concedida pelo International Fine Arts Council de Nova York, como o melhor pintor do ano.

No final da década de 50 Portinari realiza diversas exposições internacionais, expondo em Paris e Munique em 1957. É o único artista brasileiro a participar da exposição “50 Anos de Arte Moderna”, no Palais des Beaux Arts, em Bruxelas, em 1958, e expõe como convidado de honra, em sala especial, na I Bienal de Artes Plásticas da Cidade do México.

Em 1961 o pintor têm diversas recaídas da doença que o atacara em 1954 - a intoxicação pelas tintas, entretanto, lança-se ao trabalho para preparar uma grande exposição, com cerca de 200 obras, a convite da Prefeitura de Milão.

Cândido Portinari falece no dia 6 de fevereiro de 1962, vítima de intoxicação pelas tintas que utilizava.


Sépha_Liquidação de perfumes importados




Obras de Cândido Portinari





















Jóias Gold_Joias Gold - Alianças





















Lindo né? Um dos orgulhos do Brasil!!



Leia também 


Target Host - Hospedagem de sites


Web Viagens_web_viagens_05