Os Maiores Vencedores
Este quinteto aqui possuem tantos Oscars na coleção que as estatuetas poderiam até começar a servir de peso de papel, ou como segura-porta. Um deles, por exemplo, venceu incríveis 22 vezes. Apenas um tem o rosto conhecido, e nenhum atuou na frente das câmeras, mas são eles os cinco maiores vencedores das 85 edições do Oscar
Dennis Muren - 6 Oscars
Por seu trabalho com efeitos visuais, Dennis Muren participou de grandes filmes da história moderna do cinema e da cultura pop. Seus trabalhos laureados pela Academia incluem E.T. - O Extraterrestre (1982),Indiana Jones e o Templo da Perdição (1984),O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (1991) e Jurassic Park - O Parque dos Dinossauros (1993). E ele ainda trabalhou com George Lucas, em cinco dos seis filmes da saga Star Wars lançados até agora – só ficou de fora de Episódio III - A Vingança dos Sith
Alan Menken - 8 Oscars
Alan é o mago por trás das trilhas sonoras da Disney. São oito premiações, com músicas e trilhas originais, como Pocahontas - O Encontro de Dois Mundos , Aladdin, A Bela e a Fera e A Pequena Sereia.
Edith Head - 8 Oscars
Figurinha tão marcante no mundo do cinema, Edith Head (1897 a 1981) ganhou até uma divertida homenagem no filme Os Incríveis, com uma versão sua em desenho animado. O trabalho dela como figurinista ganhou destaque e prêmios com filmes como Tarde Demais (1949), A Malvada (1950), Sansão e Dalila (1949), A Princesa e o Plebeu (1953),Sabrina (1954), O Jogo Proibido do Amor(1960). Em uma época em que a Academia dividia a premiação em duas, para produções em preto e branco e coloridas, ela chegou a ganhar dois prêmios por filmes diferentes, no mesmo ano. Em 1951, por exemplo, ela foi laureada pelo monocromático A Malvada e o colorido Sansão e Dalila.
Cedric Gibbons - 11 Oscars
O diretor de arte Cedric Gibbons (1893 a 1960) – na foto lado da atriz Dolores Del Rio – causou um grande impacto não só no cinema, como também na premiação em si: é dele o design da estatueta que o Oscar usa até hoje. E é dele o segundo lugar, como mais vitorioso da história. Entre as décadas de 30 e 50, ele levou 11 prêmios para casa, com filmes como A Viúva Alegre (1934), A Sedutora Madame Bovary (1949), Sinfonia de Paris (1951), Júlio César (1953) e Marcado pela Sarjeta (1956).
Walt Disney - 22 Oscars
Ele é simplesmente imbatível. São 22 Oscars – e também o sujeito que mais venceu em um mesmo ano, quatro, em 1954. Foi dele, por exemplo, o primeiro Oscar de Melhor Curta de Animação, com Flores e Árvores, em 1932. Ele levou o prêmio com clássicos da animação infantil como Os Três Porquinhos (1933), Branca de Neve e os Sete Anões (1937), Fantasia (1940), entre muitos outros. Muitos, mesmo.
Os Maiores Perdedores
Sem moralismos, estar na lista de maiores perdedores do Oscar não é de todo ruim. Afinal, contamos aqui pessoas cujo número de indicações supera, e muito, todos os outros concorrentes – e, por isso mesmo, não selecionamos filmes, apenas profissionais da indústria. Eles podem ter ido para casa sem nunca levar um prêmio – ou com prêmios honorários –, mas fizeram trabalhos dignos de serem lembrados pela Academia mais de uma vez com o passar dos anos.
Glenn Close - 6 indicações
Glenn Close foi indicada seis vezes nas categorias de melhor atriz, três por um papel coadjuvante, três como protagonista, nas últimas três décadas, de O Mundo Segundo Garp (1983) a Albert Nobbs (2011). Outras duas atrizes também estão com ela nessa lista, com seis indicações e nenhum prêmio, Thelma Ritter e Deborah Kerr. O diretor Clarence Brown, de Virtude Selvagem (1946) também acumula seis lembranças, e nenhuma estatueta.
Richard Burton - 7 indicações
O ator galês Richard Burton (1925-1984) foi indicado em sete oportunidades (1953, 54, 65, 66, 67, 70, 78), em filmes como Becket, O Favorito do Rei, O Espião que Veio do Frio e Quem Tem Medo de Virginia Woolf? (foto), mas passou raspando em todas.
Peter O'Toole - 8 indicações
O ator Peter O'Toole bateu na trave do Oscar por oito vezes, mas nem mesmo seus olhos azuis convenceram a Academia. Ele tentou com Lawrence da Arábia (1962), Becket, O Favorito do Rei (1964), O Leão no Inverno(1968), entre outros, até os anos 80. Já em 1993, a Academia decidiu dar a ele um prêmio honorário, em reconhecimento ao seu trabalho. Quando em 2007, seu nome apareceu entre os cinco indicados na categoria de Melhor Ator, por Venus, muitos acharam que seria a chance de O'Toole. Nada disso. A estatueta ficou com Forest Whitaker, por O Último rei da Escócia.
Alex North - 15 indicações
Os anos 50 e 60 foram realmente produtivos para o compositor Alex North (1910 a 1991), mas a sorte não esteve do seu lado. Ainda que tenha sido indicado 15 vezes com belos filmes, como Spartacus (1960) e Cleópatra (1963), ele não conseguiu convencer os membros da Academia que poderia ser o vencedor. No fim, acabou recebendo uma estatueta em prêmio honorário.
Kevin O'Connell - 20 indicações
Kevin O'Connell levou a melhor nesta lista – algo que merece nossas congratulações e algum questionamento. Afinal, o editor de som conseguiu ser indicado pela Academia em 20 ocasiões, mas nunca conseguiu subir no palco e fazer aquele discurso – cá entre nós, provavelmente ele já tem o seu decorado, na ponta da língua, há uns bons anos.
Revista Rolling Stones