14 fevereiro 2015

.... e por falar em Carnaval




Chiquinha Gonzaga (1847-1935) foi compositora, pianista e regente brasileira. Primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. Autora da primeira marchinha de carnaval "Ó abre alas". Desde criança mostrou interesse pela música. Dedicou-se ao piano e compôs valsas e polcas. Separada do marido, dava aulas de piano e apresentava-se com o conjunto Choro Carioca, em festas domésticas, tocando piano. Seu primeiro sucesso, com 29 anos, foi a composição "Atraente", um animado choro. Se dedicou a musicar peças para o Teatro de Revista, sofrendo preconceitos, mas finalmente inicia sua carreira de maestrina com a revista "A corte na roça". Sua música faz grande sucesso e recebe vários convites de trabalho. Sua carreira ganha prestígio com a marcha-rancho "Ó abre alas" feita para o carnaval de 1899.


A peça de teatro "Forrobodó", musicada por Chiquinha Gonzaga, e apresentada em um bairro pobre do Rio de Janeiro, torna-se um sucesso, atingindo 1500 apresentações. As músicas são cantadas por toda cidade. "Forrobodó" torna-se o maior sucesso teatral de Chiquinha e um dos maiores do Teatro de Revista do Brasil.

Chiquinha Gonzaga lutou pelos direitos autorais, depois de encontrar em Berlim, várias partituras suas, reproduzidas sem autorização. É fundadora, sócia e patrona da SBAT - Sociedade Brasileira de Autores Teatrais, ocupando a cadeira nº 1.

Francisca Edwiges Neves Gonzaga (1847-1935) ficou conhecida como Chiquinha Gonzaga. Nasceu no Rio de Janeiro no dia 17 de outubro. Filha de José Basileu Alves Gonzaga, primeiro-tenente, de família ilustre do Império, e Rosa Maria Lima, mestiça e pobre. Apesar da família de José Basileu não ter grandes condições financeiras, Chiquinha Gonzaga recebeu a mesma educação dada às crianças burguesas da época. Estudou português, cálculo, inglês e religião com o Cônego Trindade e música com o Maestro Lobo.

Em 1863, com dezesseis anos, seguindo as exigências do seu pai, Chiquinha Gonzaga casa-se com Jacinto Ribeiro do Amaral, um jovem e rico oficial da Marinha, oito anos mais velho que ela. Em 1864 nasce seu filho João Gualberto e em 1865 nasce Maria do Patrocínio. Chiquinha, de gênio forte e decidida, continua sua dedicação ao piano, compondo valsas e polcas, para desagrado do marido.

Em 1866, Chiquinha Gonzaga é obrigada pelo marido, co-proprietário de um navio e Comandante da Marinha Mercante, a acompanhá-lo no transporte de escravos, armas e soldados para a Guerra do Paraguai. Insatisfeita com a situação, pois as ordens do marido era que ela não se envolvesse com música, Chiquinha volta com o filho para a casa de seus pais, onde havia ficado sua filha Maria. Não tendo apoio da família e descobrindo que está grávida volta a viver com seu marido. Em 1867 nasce seu terceiro filho Hilário. O casamento durou pouco tempo.

Após a separação, Chiquinha passa a viver com o Engenheiro João Batista de Carvalho Júnior. Levando seu filho João Gualberto, o casal vai morar em Minas Gerais. Em 24 de agosto de 1876 nasce Alice, filha do casal. Pouco depois com ciúme do marido, Chiquinha volta para o Rio de Janeiro, com seu filho João Gualberto, deixando Alice com o pai.

Chiquinha volta a viver da música. Dava aulas de piano e obteve grande sucesso, compondo polcas, valsas, tangos e cançonetas. Ao mesmo tempo, juntou-se a um grupo de músicos de choro. Foi a necessidade de adaptar o som de seu piano ao gosto popular que lhe valeu a glória de se tornar a primeira compositora popular do país. O sucesso de Chiquinha Gonzaga começou em 1877, com a polca "Atraente". A partir da repercussão de sua primeira composição impressa, Chiquinha resolveu se lançar no teatro de variedades. Estreou compondo a trilha da opereta de costumes "A Corte na Roça", de 1885.

Em 1899, Chiquinha conhece o músico português, João Batista Fernandes Lages, que vivia no Rio de Janeiro. Chiquinha com 52 anos e ele com apenas 16, começaram um relacionamento. Para não enfrentar o moralismo da época, Chiquinha registrou João Batista como seu filho. Viveram juntos e felizes, mas Chiquinha protegia sua privacidade.

Em 1934, aos 87 anos, Chiquinha Gonzaga escreveu a partitura da opereta "Maria". Chiquinha compôs as músicas de 77 peças teatrais, tornando-se responsável por cerca de 2.000 composições. Em 1897, todo o Brasil dançou sua estilização do corta-jaca, sob a forma de tango "Gaúcho", mais conhecido como "Corta-Jaca". Dois anos depois, compôs "Ó Abre Alas", a primeira marcha carnavalesca.

E foi cercada dessa glória que Chiquinha Gonzaga viveu em companhia de João Batista, até 28 de fevereiro de 1935, quando faleceu.


A mini série



Oi Gente, tudo bem?

A despeito do quê quer que digam, a emissora das mini séries capricha sempre. Com a mini série que conta a história de Chiquinha Gonzaga não é diferente. Pra quem ainda não viu ou pra quem já viu e quer ver mais algumas vezes, ai está o primeiro capitulo.

Inté,
Divarrah







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