06 abril 2015

Crônicas da Filosofia - A Vida Online








Estou aproveitando uma folguinha de páscoa para estudar alguma coisa de desenho. Nada daquele traçado milimétrico com régua e caneta fina como dos arquitetos e engenheiros. Ao contrário, minha Arte se faz pelo esfumaçado, pelo impreciso. 

Nenhuma crítica ao belíssimo trabalho dos arquitetos. Questão de estilo, de linguagem. Melhor só mesmo quando encontro alguém que entenda a mensagem. 

E o título da crônica foi adotado pra falar dos grandes acontecimentos off line. Ou seja, pra falar alguma coisa dos acontecimentos não online. 

E será que é mesmo possível estar fora, em alguns momentos, do mundo online? Quando não estamos conectados, em porcentagem, quanto você que me lê, por exemplo, pode dizer que está desconectado? Dez por cento? Cinco? Cinquenta? 

Como pensadora, entendo que a internet muda completamente a forma de produzir e, obviamente, muda a forma das pessoas conviverem. Tenho acompanhado alguns cenários. O quê mais me interessa é aquele onde as pessoas estão com pé cá e o outro no mesmo lugar de sempre. Nomeei esse grupo como o grupo dos equivocados porque acho pouco provável que sobrevivam a falta de novidades em seus campos de atuação. 

Eu mesma tenho experimentado, com bastante satisfação, o fato de não usar o celular pra quase nada. Pra quê? Os instrumentos do meu pc online são muito, mas muito mais poderosos. E ao que tenho podido observar, os adeptos do telefone nem sempre usam da forma convencional. Usam para receber e enviar mensagens, para os oportunos apps, para jogar e se fecham dentro da realidade que melhor lhes apraz. 

Em relação ao passado recente, entendo que atualmente vivemos uma abençoada e feliz liberdade. Basta escolher uma entre as milhares de opções. 

E se esses instrumentos nos levassem ao desuso da fala? Será que não seria muito bom vivermos com mais silêncio? Melhor dizendo, mais focado nos próprios objetivos? 

Entendo o mundo online como um ganho pra civilização. Percebo que talvez existam outros limites para as relações interpessoais e, como determina a praxe, alguns perigos. Neste caso, novas expressões para velhas doenças. 

A privacidade também tem novos contornos. Antes se olhava a privacidade como o secreto e hoje a privacidade esta um pouco além do secreto. Online, a privacidade tem suas configurações definidas pelo usuário. 

Se é fato corrente que contas são invadidas, também é fato que podemos deletar, sem qualquer dar maiores satisfações, perfis e links com pessoas indesejadas. E como é BOM deletar aquela mensagem ou deixar de frequentar aquele grupo?

Atos impensados antes do mundo online já que, em nome das boas relações pessoais, nos víamos forçados a tolerar presenças e a responder adequadamente a apelos e mensagens. 

Outro ganho significativo, a meu ver, são os arquivos disponíveis sobre uma infinidade de assuntos. Antes da realidade online, as informações eram objeto de barganha. Sem me esquecer de mencionar, an passant, a grande possibilidade de retratar a tudo e a todos, sem aquela necessidade de esperar pela revelação. Outro ganho que me enche de orgulho é a possibilidade de filmar e postar; escrever e postar sem me ver obrigada e submetida a critérios alheios. 

Confesso ser assídua e uma estudiosa perseverante, como muitos outros, desse grande caminho que chamamos de online. 

E você que me lê, tem alguma coisa pra dizer sobre o mundo online? Gostaria muito de saber!!


Inté

Divarrah

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