12 março 2015

Alfredo Volpi


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por Katia Dutra

Boa tarde, amigos!

A pintura acompanha a evolução da humanidade. Desde os primeiros desenhos feitos por nossos antepassados nas paredes de cavernas até as técnicas modernas de afresco e, porque não, de ilustrações digitais, a humanidade e suas diversas feições têm sido retratadas através das imagens. Hoje, vamos falar sobre Alfredo Volpi, um dos maiores artistas que passaram pelo Brasil e que registrou grande parte de nossa cultura e tradição em suas obras.

Nascido na Itália, formado no Brasil


Alfredo Volpi nasceu em Lucca, na Itália, em 14 de abril de 1896. Seus pais vieram no ano seguinte para o Brasil em busca de novas oportunidades na nova república formada. Frequentou a Escola Profissional Masculina do Brás, e, ainda pequeno, começou a demonstrar interesse em tintas e mistura de cores.

Volpi pintou sua primeira aquarela aos 16 anos. A primeira obra de arte como pintor foi feita aos 18 anos sobre a tampa de uma caixa de charutos, usando tinta a óleo. Seu talento fez com que ele conseguisse um emprego de pintor de frisos, florões e painéis nas paredes das mansões paulistanas. Autodidata, Volpi realizou belíssimos trabalhos como decorador de interiores.

Na década de 1930, já com certo prestígio, tornou-se membro do Grupo Santa Helena, nos anos 1940. Nesse grupo passou a ter contato com outros pintores importantes, como Ernesto de Fiori, que influenciaria toda a sua obra criativa. O grupo, formado por artistas paulistas, se reunia no palacete Santa Helena, durante as décadas de 30 e 40. Os integrantes dedicavam seu talento a retratar cenas cotidianas e a paisagem de São Paulo. Alguns pintores do grupo foram Bonadei, Mário Zanini, Francisco Rebolo Rebolo, Clóvis Graciano e Pennacchi.


As fases de Alfredo Volpi


Alfredo Volpi faleceu em 28 de maio de 1988, vivendo 92 anos. Em quase um século de existência, a obra de Volpi acompanhou as mudanças políticas e culturais da sociedade brasileira. Por isso, é possível verificar diversas influências nas pinturas dele. Mas, sem dúvida, a obra impressionista de Cézanne, Giotto e Ucello, foram as que mais influenciaram seu caminho. Com essa base, Volpi conseguiu evoluir as representações da natureza e criou sua própria linguagem.

A fama veio junto com o Prêmio de Melhor Pintor Brasileiro, na 2ª Bienal de São Paulo. Daí em diante suas obras seriam dominadas pelas cores e pelo estilo abstrato geométrico. Exemplo marcante disso são suas bandeirinhas multicoloridas, que se tornaram sua marca registrada. As formas geométricas e as trocas cromáticas começaram nos anos 1970: Volpi preparava várias pinturas parecidas, alterando cores, no que os críticos definem como uma combinação inventiva.

É a fase das bandeirinhas, sua maior contribuição para a arte brasileira moderna, expressa em seu trabalho Bandeiras e Mastros. Só pintava com a luz do sol e se envolvia totalmente com a criação de sua obra, o que incluía esticar o linho para as telas. Depois de dominar a técnica da têmpera com clara de ovo, o artista nunca mais usou tintas industriais – “elas criam mofo e perdem vida com o passar do tempo”, dizia.

Alguns quadros de Volpi

























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